quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Contas da Prefeitura de Palmares são bloqueadas por não pagar servidores

Aposentados, pensionistas e alguns ativos estão sem receber há dois meses.
Débito somariam mais de R$ 2 milhões, segundo representante do Sinsempal.
Quase todas as contas da Prefeitura de Palmares foram bloqueadas após ações movidas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), devido ao atraso de dois meses no pagamento a 700 pessoas, entre aposentados, pensionistas e alguns ativos. O débito da folha de pagamento seria de mais de R$ 2 milhões, segundo José Lúcio Passos, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais dos Palmares (Sinsempal).

O objetivo do bloqueio é garantir o direito do servidor de receber todos os benefícios. “Nós tivemos notícias de que ontem a prefeitura entrou com um requerimento no sentido de desbloquear as contas, alegando que iria pagar. O sindicato tem sido atento a esta questão e vamos, se possível, procurar o Tribunal de Justiça porque, com certeza, a prefeitura deve entrar com um novo agravo nesta ação tentando desbloquear. Elas só foram desbloqueadas apenas nos valores referentes à folha dos aposentados, somente isto. As demais contas estão bloqueadas”, reforça o advogado Emanuel Silveira, do Sinsempal.

De acordo com o MPPE, o bloqueio será mantido até que seja apresentado pelo município um documento com as folhas de pagamento, para que seja expedido um alvará com os valores. O MPPE solicita que seja também apresentado um cronograma de pagamento para os servidores. A assessoria de Imprensa da Prefeitura de Palmares informou que o procurador do município esteve no TJPE para tentar resolver a situação.

Enquanto esperam, os servidores estão em condições precárias, de acordo com servidora aposentada Lúcia Gamo. “Sem este recurso, nós não vivemos. Você imagina uma pessoa passar dois meses sem receber o seu salário? Prestações, aluguel pra pagar, energia, essas pequenas coisas. Tem gente que já teve a energia cortada. Água, supermercado, tudo isso. Aí como é que fica a nossa situação?”


Do Estação Notícias Fonte: G1